Tempo.
Tempo é uma das coisas que constrói uma relação forte. Não estou a falar do tempo que passa no correr do dia-a-dia e que não conseguimos bem apanhar, mas sim do tempo que damos à outra pessoa, quando pomos de parte o resto, pomos o mundo em pausa e nos focamos naquela única pessoa que faz com que a passagem do tempo ganhe sentido.
Neste casamento da Raquel e o David, que eu já tinha tido hipótese de fotografar na sessão de solteiros, apercebi-me que eles são um casal em que nitidamente cada um deles já deu muito do seu tempo ao outro.
O relógio de bolso antigo usado pelo David, arranjado pelo pai da Raquel, e que ela lhe ofereceu, é uma representação física disso. E apesar do objecto físico ser bonito o seu significado figurativo a meu ver é mais bonito ainda.
Este foi um dia de ligações fortes, desde os objectos carregados de significado, dos animais que fazem parte da família, das famílias que se entrelaçam e até aos muitos amigos partilhados.
Houve bom tempo, boa disposição (para a qual contribuíram também os penteados de quem não tem cabelo), felicidade partilhada com discursos sentidos (e óptimos conselhos dados). Houve emoção, nas canções cantadas e nas bênçãos dadas. Houve abraços apertados, pétalas lançadas e arroz, MUITO arroz!
Os noivos fizeram a festa pela noite dentro acompanhados de pessoas divertidas e acima de tudo contentes pela felicidade deles, e por estarem ali todos juntos a celebrar.
Raquel e David, espero eu que cada um desses bagos de arroz que vos acertou se transforme num momento de felicidade conjunta algures no vosso futuro!
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